sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Francisco, torres e balas.


Ao caminhar até o crime, caminhava para a morte, para sua morte, mas também para a vida, de quem nem sabia o nome, o telefone, o endereço. A bala que protege e mata, matou. Ceifou a fé e também o amor, tirou-lhe o sopro de estar vivo. Francisco, 6 décadas, já vira o mundo de tantas formas, que assistir a um crime, lhe fez perder a razão e ganhar a força, a dignidade.
Francisco sobe as escadas sorrateiramente, como quem não quer ser ouvido, ser visto. Aos 60 e desarmado, usou o coração e a determinação e voou contra o revólver daquele que amedrontava, que fazia refém a mulher. A mídia nem sabia seu nome e os telespectadores, do outro lado da tevê, perdiam o cão, a fala e a esperança. Os que assistiam ao vivo, se preocuparam em registrar, enquanto alguém lá no alto, nas torres, perto do templo, era violado de forma brutal, mas também heroica. A Praça da Sé, assistiu a humanidade, em seus mais diferentes extremos, a humanidade a cima da morte, e a morte a cima da mesma.
Eu sou a Sé, você é, o Brasil é a Sé, onde todo dia, a justiça é feita com o sangue, que não é do lobo, mas do cordeiro, com o sangue do povo. Onde a Lei é feita pra ser quebrada, e a vida, violada. Onde o fogo da arma, queima até a alma e o silêncio é valioso, quando dentro de um saco preto. Viva Francisco, que no morro é João e no beco é Pedro. Viva ao inocente, que prefere a morte, à miséria de não ser humano, de não ser digno, não ser Francisco que morava na rua, e agora no céu.

sábado, 22 de agosto de 2015


Por um amor sem dúvidas. Um amor que não se desculpe com flores, mas com sinceridade, um amor que exista nas sextas, mas também de domingo a domingo. Um amor que seja real e não ideal. Por um amor que saiba concertar os erros e apontá-los com simplicidade. Um amor que sangre quando for preciso, mas que também saiba deixar cicatrizar. Por um amor que berre com ódio, mas que sussurre o perdão. Que não minta e se mentir, que assuma. Que leve e releve e que mesmo quando não for leve, que pese, mas que pese a dois. 
Apenas espere um amor sem dúvidas.

domingo, 9 de agosto de 2015

Um pouquinho sobre Gramado


Se existe alguma coisa realmente gostosa de se fazer é viajar, não é mesmo? Mesmo que seja de ônibus, carro, avião, viajar sempre lava a alma. 

Recentemente eu fui pro sul e gostaria de compartilhar com vocês um pouquinho da beleza deste lugar, especificamente: Gramado!



A cidade faz parte de uma rota chamada Rota Romântica, o que não é nada sugestivo, né? Haha! Mesmo tendo passado pouquíssimo tempo lá (o que me arrependo muito), conheci lugares incríveis e tudo, exatamente tudo, sempre com o mesmo charme. A verdade é que nem parece que se está no Brasil.

O primeiro lugar que eu conheci, foi o Parque do Lago Negro, com uma paisagem maravilhosa e sensacional com muita natureza e é claro, um lago. Nele, você tem duas opções; andar de pedalinho tradicional, com um cisne e andar de barquinho, que é uma outra espécie de pedalinho. (O passeio custa R$30,00)







Além disso, pra quem tem devoção à Mãe, existe um pequeno santuário onde as pessoas jogam moedinhas pedindo interseção de Maria para algum milagre.



Apesar de ter várias outras coisas legais pra se ver lá, fazer trilhas, ir ao restaurante do parque, fazer caricatura, fui embora bem cedo e conheci outro lugar maravilhoso, o Torre Café. Particularmente, eu gostei mais desse por motivos de: comida!!!



O Torre Café Colonial tem um serviço de Café Colonial que basicamente seria: coma até morrer. Eles servem uma variedade de coisinhas gostosas que vai desde frios a peito de frango empanado. Sim! Eles capricham. O melhor é que eles não param de trazer, você fica lá até não aguentar comer mais. O preço varia bastante de restaurante pra restaurante, mas no Torre Café o valor individual desta refeição é de R$75,00, porém, dá pra conseguir uns descontos bem bacanas no site Groupon que tranquilizam o bolso da gente, (inclusive, tem um link pra um desconto no Café Colonial Gramberry, mas pode não estar mais disponível dependendo da data em que estiver lendo o post).

Claro que o restaurante tem todo o "quê" charmoso de que falei. Olhem essa decoração tão vintage e esse clima romântico.





Estes são os dois lugarezinhos que conheci, mas espero que vocês sejam espertos e não se aprecem em conhecer essa cidade tão linda, até porque o que eu mostrei não é nem a pontinha do iceberg da beleza de Gramado.







Pra finalizar, ressalto o detalhe de que, se for bem planejada a viagem e com uns meses de antecedência, não sai nada caro e mesmo com o bolso um pouquinho apertado você consegue conhecer lugares lindos. Não necessariamente sua conta bancária deve estar cheia, ok? Pesquisem bastante e não deixem de conhecer as belezas do mundo por motivos de dinheiro. Enfim, espero que tenham gostado!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Até voar de avião depois de um tempo perde a graça


Você não pode ver o mar pela primeira vez duas vezes. Depois de um tempo tudo perde a beleza. As coisas vistas pela primeira vez são mais incríveis, mais deslumbrantes, mais cheias de cores. Saia pra andar ao ar livre, pule de para quedas. Seja efêmero em todos os momentos e prolongue a felicidade. Uma das poucas coisas que repetidas não perdem a graça é o amor: então ame inúmeras vezes e inúmeras pessoas. Colecione coisas, principalmente amigos. Vá ao circo e chore de medo do palhaço se essa for sua fobia ou se assim como eu for claustrofóbico, entre em um elevador, vá até o último andar. Mergulhe em seus próprios medos. Seja o vilão uma vez e tente com a maior força possível ser honesto em todos os momentos da vida, se não der, pelo menos na maioria. Brigue, sinta raiva. Comece a semana com mau humor pra que no final a surpresa seja das boas. Chore e ria ao mesmo tempo, chore de felicidade, chore por amor. Seja insano na sua própria simplicidade. Não queira ser sensato o tempo todo, ou o melhor, ou o mais incrível. Tente ser você, acredite, já é difícil o bastante. Conheça alguém, conheça muitos alguéns e se divirta contando as histórias. Escale uma árvore, um muro, um morro, uma montanha. Homicide a estupidez e a ignorância. Grite, perca o ar e o melhor, perca o ar beijando. Que sua mente exploda de tanto funcionar. Que o estresse te roube o tédio. Que o mundo seja leve quando estiver em suas costas. Que a morte seja um trunfo, quando a solidão quiser vencer-lhe a vida. Que o dia seja colorido quando o ver pela última vez. E que viver lhe orgulhe quando não tiveres mais nada. Amém.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Amores sempre são tudo de mais, tudo e muito mais

Com todo o meu histórico de desastres amorosos eu descobri que o íntimo será sempre perigoso. Você sempre vai magoar, sempre mesmo, aquele que ama e as coisas vão dar erradas e você vai querer colocar a carroça na frente dos bois e etc. Talvez isso seja uma grande besteira de quem sempre se frustra em relacionamentos e nuncas encontra aquela famosinha metade da laranja ou a tampa da panela. Wathever. Tudo se resumi a um grande tanque de morfina onde as pessoas se acomodam e costumam se enfiar pra fingir que está tudo bem e que aquela porta fechada pra ti, as 22 horas da noite não era nada de mais. Mais era. E amores sempre são tudo de mais, tudo e muito mais. É aquela noite de insônia, ou aquela música melosa no ônibus no caminho até em casa, ou talvez aquela sensação gostosa que dá quando a gente se tromba... Mas no fim do dia você sempre volta pra morfina, que te faz pensar que está tudo bem e que amanhã você verá o mesmo sorriso torto de novo e que isso basta, mesmo você querendo chegar mais perto, mesmo querendo o toque... Mas está tudo bem, não está?